quarta-feira, dezembro 07, 2011

caos


 A toillette de Alma Welt, de Guilherme de Farias

tua voz corrói como ácido
o lábio sangra lenta
quase docemente
o vermelho tenro
atinge a curva
nua e branca
do meu corpo tenso
cabelos que se alongam
sobre o vento, sobre o leito
até sumir de minhas mãos
o teu sinal, tua passagem
por meu caos.

(1985)

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