foto de Man Ray, 1931
tua
pele nua
se
movimenta imperceptível
como
numa escultura
teus
olhos lassos
emergem
breves no espaço
como
partituras
teus
traços circunscrevem
escuros
e claros
que
desfaço
como
travos do atraso
então
distraio o passo
e
doce faço
com
os dedos laços
com
os beijos favos
com
os olhos raios (x)
e
gravo num retrato
imenso
e baço
o
close fugaz e frágil
de
um abraço imaginário
(1992)
Nenhum comentário:
Postar um comentário