Há três grandes cavalos:
um a calejar-me as mãos,
outro triste e revolvido;
um a forçar-me a língua,
outro a vomitar ciência
e ainda um outro rijo.
Górgonas nascidas em boa hora,
um cavalo para um olho (e outro que não chora)
torturam o que sobra de meu ocidente.
Presos no quarto de Jade,
o mais selvagem me engolirá a soberba
e, diminuída, seremos duas cabeças.
Camila Ribeiro
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